domingo, 29 de março de 2009

Billy e Ruth Graham

O casal Billy e Ruth Graham estavam viajando pelo interior dos EUA, e, havia trechos muito longos de estrada sendo construídos naquela rodovia. Toda hora eles paravam para dar passagem a outros carros, a fila parecia que não acabava nunca! Os funcionários da rodovia ficavam estendendo as placas de "pare e siga" num interminável labutar. Finalmente, eles conseguiram chegar ao fim daquele trecho em obras. A estrada que se estendia à frente deles era perfeita! Havia uma placa grande que dizia: "Fim das obras, obrigado pela paciência". D. Ruth, virou-se para o esposo e lhe disse: "Billy, quando eu morrer quero este epitáfio em meu túmulo, fim da obra, obrigado pela paciência".
Moral da história: Enquanto estivermos aqui, estaremos sempre em construção, sendo aperfeiçoados.

História contada pelo Pr. João Soares da Fonseca, Pr. da 1ª Igreja Batista do Rio de Janeiro, no culto dominical do dia 29/03/2009, transmitido pela internet.

sábado, 28 de março de 2009

Um Caipira Servo de Deus

DESPERTAR NA ROÇA
Mário Celso Rodrigues

Com os zóio inda turvo
esticano gostoso os osso;
madrugada inda iscura.
No poleiro o garnisé cantando,
disputando com o carijó.
As poedera se cumprimentando...
Um cacarejá que só...
Um poquim mais adiante,
a Malhada sorta um mugido,
no chiquero isfomiado reclama Chicó.
Nos gáiu do abacatero a confusão dos pardá,
e no pé de jatobá alegre canta o sabiá.
Eta dispertar, qui festa!
Num tem de que reclamá.
Num pulo, sarto da cama.
Mariete já num tava lá,
muié isperta, foi o café aprontá.
Por entre as fresta da janela,
o vermeião do sol vi dispontá,
dei um Glória a Deus, Aleluia!
Que dia bom pra trabaiá!
Nos passo ligero dum bom caipira,
na cuzinha dipressa quis chegá.
Marieta bunita num vistido de chita,
leite e café, biscoito de nata,
do mio verdi a pamonha tinha também bolo de fubá,
lá vinha os mininu acabano di acordá.
Nos dois lado da mesa,
os banco pra si sentá.
“O Sinhô e meu pastô, nada mi fartará...”.
O minino maió aprendeu a soletrá,
bonito é Marieta cantando
os hino que louva ao Sinhô
e o pequenino repitino: “gólia, gólia, Salvadô”
O missionário chama Zé Lino pra estudá,
minha bela companhera tem a casa prá cuidá.
Pequeno Tuninho vive pra traquiná.
Coloco a inxada nas costa,
o orvaio moiando a butina.
A passo firme vô pra roça,
tenho a famia pra sustentá!
É duro o trabaio no campo,
o mato que tenho de roçá.
Aprontá a terra pra semiá,
tem os animá pra cuidá...
Mas Deus dá uma força danada.
Fica leve o labutá,
E no final do dia,
a Deus quero louvá.
O sol tá no arto, istômago roncano,
deve de sê meio dia, pro rancho vô caminhano.
No meio do caminho topei com Zé Lino,
minino isperto, dicidido, qué sê pastô,veio falano.
Ouvino suas historia no rancho cheguei sonhano.
Tuninho também com o missionário iniciô a lê,
prus minino da fazenda diz que doutô vai sê.
O orvaio moiando a butina.
A passo firme vô pra roça,
Vô meus corim cantano,
cantano o prazê qui sinto.
É o coração do caipira,
lavado pelo sangue de Cristo.
E todo o dia renasce a felicidade, não minto!
Os ano si passaro, Zé Lino é pastor,
e na cidade grande, de Cristo anuncia o amor,
e o missionário pro estrangero vortô.
Aprendeu a lê Marieta e a outros ensina com dulçô.
O traquina do Toninho, dotô Antônio se tornô.
Com carinho trata us infermo, aliviando sua dô.
E continua exartando:
Glória, glória ao meu Senhor!

domingo, 22 de março de 2009

SALMO III

SALMO III
Gióia Jr.
Porque Tu nos falaste em nosso próprio idioma
estivemos com Adão,
quando o jardim floresceu;
estivemos com Noé,
quando os justos foram preservados;
estivemos com Abraão,
quando a Terra lhe foi prometida;
estivemos com Isaque,
quando Rebeca chegou da casa de seus pais;
estivemos com Jacó,
quando a ira de Esaú foi aplacada;
estivemos com José,
quando os sonhos de Faraó foram interpretados;
estivemos com Moisés,
quando o mar Vermelho se abriu;
estivemos com Sansão,
quando os filisteus foram abatidos;
estivemos com Davi,
quando Golias foi vencido;
estivemos com Elias,
quando os profetas de Baal foram confundidos;
estivemos com Daniel,
quando os Leões não lhe causaram dano;
estivemos com João Batista,
quando ele clamou no deserto;
estivemos com Cristo,
quando ele foi pregado na cruz!
Somos o Teu povo,
ovelhas do Teu rebanho,
Israel não tem fronteiras
e fala a língua de todos os povos.
Tua palvra é a mesma
em todos os tempos e para todas as nações;
entendes o nosso idioma
e escutas a nossa voz,
estás sempre conosco
e nunca estamos sós.
Bendito sejas Tu,
que sempre nos alcanças
em nossas trangressões
e quedas e mundanças.
Bendito sejas Tu,
porque chega até nós,
apesar da distância
e apesar do pecado,
o Teu LIVRO SAGRADO,
o bálsamo eficaz
da Tua excelsa voz!

domingo, 15 de março de 2009

QUANDO EU MORRER
Aos meus amigos que morrerem depois de mim
Silvino Netto – 01.05.08

Quando eu morrer,
Quero uma festa para celebrar a vida!
Quero uma cerimônia repleta de amigos
E familiares.
Não quero ter pressa de dar adeus
Enquanto presente em corpo frio.

Não faço questão de flores e coroas.
Flores de funeral, murcham logo
E cheiram diferente do perfume
Das flores de eventos festivos.
Quero você presente
Como adorno e aroma de que preciso
Para celebrar os muitos dias de vida
Que vivi intensamente.

Quando eu morrer,
Quero que você
Traga consigo suas lágrimas
Para derramá-las sobre mim.
As lágrimas são expressões
Lindas de nossos sentimentos
Mais profundos e significativos.
Não quero ver somente
Mulheres chorando.
Quero ver homens, também.
Homem também chora!
Tem sentimentos!
Portanto, chore lágrimas,
Mesmo que não rolem na face,
Que sejam apenas, lágrimas secas
Brotantes do impulso de soluços,
Do íntimo da alma,
Que só você sabe
O quanto significam.

Quando eu morrer,
Aproveite a oportunidade
Para rever e abraçar amigos
Os quais não via há muito tempo!
Fique à vontade para abraçá-los
De seu jeito espalhafatoso e brincalhão.
Eu não vou pensar
Que é falta de respeito a mim,
Seu morto querido.
Só não faço o mesmo porque não posso.
Iria causar um corre-corre tremendo
E matar muita gente do coração...

Com os amigos,
Recordem o que tínhamos em comum,
As nossas diferenças e semelhanças.
Faça desta festa de minha morte
Um evento alegre
De encontros e abraços saudosos
Que selem compromissos
De não esperar o próximo enterro, do outro
Para se encontrarem novamente.

Quando eu morrer,
Quero que você venha
E traga no coração sementes de saudade.
Que coisa linda
O sentimento da lembrança do amigo...
A vontade forte de que ele não se vá...
Que fique; fique perto,
Bem perto para sempre!
Sua saudade trazida
É uma prova do quanto você
Me amou profundamente.

Quando eu morrer,
Não se preocupe
Com a roupa que vai vestir.
Não precisa tirar do armário,
Os óculos escuros
Para esconder as lágrimas
Dos olhos vermelhos;
Nem as clássicas vestes pretas de funeral,
Com cheiro de mofo ou de sachê.
Venha no seu próprio estilo:
Com brilho, sem brilho ou multicor...
Não importa.
Lembre-se que sou tricolor!

Quando eu morrer,
Não precisa perder a noite toda no velório.
Alguém vai ficar cuidando
Para o “morto” não sumir (rrss).
Descanse e, no máximo,
Sonhe comigo, sem ter pesadelos.
Mas, na hora da festa,
Não chegue atrasado,
Em cima da hora.
Venha mais cedo para me curtir
Na presença deste corpo
Que você não verá mais
(pelo menos aqui na Terra).
Nem fique indeciso
Preocupado com as coisas que deixou
Sobre a mesa de trabalho,
Sem saber, se fica ou não fica,
Até o último momento
Do sepultamento.
Me acompanhe, andando passo a passo,
Até à sepultura.
E, se for de sua cultura,
Jogue suas últimas pétalas sobre mim.

Quando eu morrer,
Eu quero que você cante.
Uma festa só é festa
Se tiver muita música boa no ar
Que expresse o perfeito louvor.
Cante, porque faz bem:
Espanta os males,
Abre espaço no seu coração
Para o pouso da paz,
E faz caminho para o bálsamo da consolação...

Quando eu morrer,
Eu quero que o seu sorriso
Esteja presente na minha despedida.
Sorria, acompanhado
De um breve “até logo”.
Sim, porque você, também, está na fila.
Não pense que vai
Ficar, pra sempre, pra semente.
Mais cedo ou mais tarde,
Estará, aqui, no meu lugar.

Quando eu morrer,
Olhe para mim,
Mas não precisa dizer nada.
Eu sei que você vai me achar
O morto mais bonito que já viu,
Que estou sereno,
Dormindo como um pássaro,
Sonhando o sonho dos anjos...
É verdade:
Eu estou vivo, como nunca!
Sei que você se lembrará
Apenas de minhas virtudes,
Sepultará minhas falhas
Com o seu perdão,
Prova o quanto gosta de mim,
Apesar de mim mesmo.

Quando eu morrer,
Ao tocar o sino,
Anunciando que chegou a hora
De me sepultar,
Não brigue por chegar primeiro
Para carregar a alça de meu caixão.
Se não conseguir vencer,
Esta “briga de machão”,
Fique satisfeito, com a certeza,
De que me carregará para sempre
No berço de seu coração.

Quando eu morrer,
Despeça-se de mim,
Na certeza de nos encontrarmos um dia,
No mistério da ressurreição,
Pela graça de Deus
Que nos deu a dádiva da vida;
Pelo amor de Cristo,
Que morreu por nós,
Para celebrarmos, na morte,
A vitória da vida,
E vida eterna!

Quando eu morrer,
Se não puder vir,
Não fique com sentimento de culpa
E nem pense que volto, para dar o troco,
Puxando-lhe o pé.
Se não fizer nada disso que sugeri,
Basta que reserve um tempinho,
Onde estiver,
Para refletir sobre a vida,
Sobre as suas prioridades
E o quanto é importante
Cultivar amizades
E cuidar de você.

Quando eu morrer,
Eu gostaria que fosse assim!
Mas, não faça nada,
Simplesmente, por mim.
Faça, o que fizer, principalmente,
Bem a você!


PS. Tudo que escrevi e disse,
Vale, também, se, mais tarde,
Decidir ser cremado.

Verdadeiro Louvor

Determinada cantora, evangélica, num "show gospel", pede aos "seus fãs" que amenizem, diminuam suas ovações, suas demonstrações de carinho e consequente irreverência a quem ela desejava louvar... - Esta parecendo um show secular e não um "show gospel". Dizia ela tentando acalmar os ânimos daquela platéia irreverente e inflamada. Este acontecimento relatado aconteceu na cidade de Belém, estado do Pará.

Um outro cantor, também evangélico, apresentou-se num templo com lotação total. Com reverência ouviram aquele senhor com oitenta e oito anos de idade louvando a Deus com a mesma voz de seus vinte anos, doze músicas cantadas, pregação do evangelho de Jesus Cristo e almas se rendendo aos pés do mestre. Não houve nenhum "show gospel".

Se os acontecimentos se deram numa mesma época, com espaço de alguns meses, se a proposta dos dois era a mesma, então minha pergunta - por que tanta diferença? A resposta entristece à aqueles que de fora assistem e com bases na leitura da palavra de Deus só tem uma coisa a fazer, pedir por misericórdia e clamar que tenha força para resistir a todas estas "ondas" que nas escrituras - a milhares de anos - nos informa que quando estivesse perto da volta de Cristo, aconteceriam.

São "pastores, bispos, apóstolos - e logo há de surgir o vice-deus, aguardem - que ensinam as suas ovelhas a barganhar com Deus. São cantores "gospel", artistas glamourosos preocupados com a instituição financeira e suas altas despesas. Se precisam ficar meia hora de seus "shows gospel" pedindo ao povo que se comportem é porque no passado plantaram o que hoje colhem. Louvor compromissado, não com Deus, mas com o gerente do banco!

O velhinho de oitenta e oito anos, louvava a Deus com um cântico velho, mas que, igual ao evangelho, se tornava novo à medida em que nascia no coração e era externado com o impulso de suas cordas vocais, não usou de nenhuma estratégia nova de marketing, não viu necessidade de ajudar a Deus com novidades criadas pelos homens para "encher templos".
Louvor compromissado, não com o gerente do banco, mas com Deus.

Tenho, em minhas orações, agradecido ao Senhor tudo o que meus pais me ensinaram da palavra de Deus, que mesmo sendo ensinado a alguns anos atrás, todos os dias se renova em minha vida e na vida dos demais que ouvem os ensinamentos do Mestre.